Wellcome

terça-feira, 31 de julho de 2007

Nonsense


" o que não é, é o que não pode ser que não é./
o que não pode ser que não,/ é o que não pode ser./
o que não pode ser que não é,/ é o que não é, o quê..."
Titãs, em "o quê"

O sentido

O que os Titãs queriam dizer com os versos citados aí em cima? Obviamente nada. A letra era só uma brincadeira, bem ao estilo de muitas outras da banda como "AA UU" , "cabeça dinossauro" e etc.. Algumas pessoas acham que as letras de música devem passar alguma mensagem, seja ela política, religiosa, ecológica ou de amor, e algumas letras até passam isso. Outras letras são tão simplórias que parecem estar lá só pra encher lingüiça enquanto a música rola. Outras pessoas acham que a música é só pra divertir, e não importa o que ela diga desde que se possa dançar ao som da mesma. Mas existem algumas letras de música que são difíceis de entender, e nós ficamos pensando no que será que certos compositores queriam dizer.
O jornalista Artur Xexéo, do jornal "O Globo", obviamente em tom de gozação, certa vez criou o troféu "zum de besouro", para premiar aquelas letras de música que dizem, dizem, e não dizem nada. O nome do troféu é uma referência à letra de "açaí", do Djavan, que diz assim: "açaí, guardiã,/ zum de besouro, um ímâ/ branca é a tez da manhã".
O Djavan, realmente, é mestre em fazer letras estranhas como essa. Outro exemplo é a letra de "flor de liz", na qual ele canta: "o meu jardim da vida/ ressecou, morreu/ do pé que brotou Maria/nem margarida nasceu". Outro autor de letras pra lá de esquisitas é o Carlinhos Brown. Na letra de "Maria de verdade", de sua autoria, tem os seguintes versos: "farinhar bem, derramar a canção/revirar o trem/ locomover a paixão" farinhar?! Estranho, não?. A letra de "uma brasileira", gravada pelos Paralamas, também é dele, e tem um trecho assim: "tati bitati, trate-me trate/ como um candeeiro bom/somos do interior/do milho..." fala sério Carlinhos Brown!
Mas há que se perdoar os dois, pois eles são discípulos de Gilberto Gil, que uma vez declarou que compunha as músicas pela sonoridade das palavras, e não pelo significado(ah! Então tá explicado!). o que dizer de versos como "água mole, pedra dura/tanto bate que não restará nem
pensamento" e "mães zelosas, pais corujas/vejam como as águas de repente ficam sujas" ambos da canção "tempo rei"? ou o que dizer da letra inteira de "refazenda"? "abacateiro, acataremos teu ato/nós também somos do mato/ como o pato e o leão..." e por aí vai. O fato é que não adianta querer procurar sentido em letras como "qualquer coisa" de Caetano Veloso: "sem essa aranha, sem essa aranha, sem essa aranha/ nem assanha arranha o cabo/nem o sarro arranha Espanha..."; ou naquela letra do Claudinho e Buchecha que diz "controlo um calendário sem utilizar as mãos" e até o Renato Russo em "se fiquei esperando o meu amor passar" na qual ele canta "sei rimar romã com travesseiro". Mas, a coisa não acontece só no Brasil. Um bom exemplo é a letra de "smell like teen spirit" do Nirvana. Afinal de contas, o que é que o Kurt Cobain quis dizer com aquele "um mulato, um albino/ um mosquito, minha libido"? troféu "zum de besouro pra ele!

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Jucá,ficou muito bom seu blog, achei criativo a sua carinha!

Abç,

Fui

Unknown disse...

Agora quero ver vc reclamar q ninguem te visitou... kkkkk
Achei maneiro, depois xereto mais...
Bjs